terça-feira, 30 de agosto de 2011

Prefeito Jorge Roberto recebe profissionais de educação em greve

Hoje, a partir das 15h, os profissionais de educação de Niterói vão a prefeitura, onde esperam ser recebidos pelo prefeito Jorge Roberto Silveira para audiência de negociação sobre a pauta dos educadores, em greve há 30 dias.

Para Renata Corrêa, coordenadora do SEPE, a audiência é uma vitória: "Há 20 anos que Jorge Roberto Silveira não recebe nenhuma categoria do funcionalismo público municipal. É um marco pra história recente da nossa cidade", disse. E completa: "Resta saber se o prefeito vai aparecer e dará respostas para as reivindicações da categoria", alfineta.

Estudantes se somam à mobilização
Os estudantes da UFF decidiram, em assembléia ocorrida ontem a noite, se somar as mobilizações do SEPE/Niterói. Os estudantes reivindicam a paralisação das obras do projeto Via Orla e Via 100, que pretende construir duas vias passando por dentro do campus do Gragoatá. Segundo Thiago Macedo, estudante de Geografia da UFF, a atividade é parte de uma campanha nacional pela qualidade no ensino que reivindica, dentre outros pontos, a aplicação de 10% do PIB para a educação.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fazendo Media vetado em universidade: qual o papel das faculdades e universidades?

Por Eduardo Sá, do Fazendo Media

   Pela primeira vez em nove anos a edição impressa do Fazendo Media foi impedida de circular numa universidade. O pior é que foi num campus que tem curso de jornalismo. Apesar de ser um fato particular de nosso projeto, implica questões que tocam toda a sociedade. Levado ao extremo, pode-se dizer que sofremos censura, por outro lado, e esse ponto é o mais importante, o ocorrido sinaliza o pensamento da cúpula de uma das instituições que forma os jornalistas que levam informação à sociedade. É, portanto, um elemento fundamental que diz respeito ao bom funcionamento do regime democrático. Não existe democracia sem a circulação de ideias, e os jornalistas têm grande responsabilidade nesse sentido.

   Mas primeiro vamos aos fatos. É com muita dificuldade, sobretudo pela falta de dinheiro e colaboradores, que imprimimos nosso jornal. Por isso, as últimas edições foram bimestrais, de 3.500 exemplares. A distribuição fica por minha conta e de outro colaborador, ambos remunerados abaixo do patamar de estagiário e com várias tarefas. Para tanto, deixamos os exemplares, gratuitamente, em várias faculdades do centro, zona sul e norte carioca (UFRJ, PUC, FACHA, Univercidade, UFF, Gama Filho, IFCS, UVA, etc.), além de Niterói e outros pontos culturais. A Facha, inclusive, quase fechou com a gente uma parceria de inserir alunos no nosso projeto contando as atividades como aula complementar do currículo na graduação. Não é fácil, também, manter nossa página atualizada, e ainda assim temos uma média de 20 a 30 mil visitas por mês.

   Nesse cenário, fomos vetados de deixarmos nossos jornais na biblioteca e corredores da Universidade Cândido Mendes na Tijuca, zona norte da cidade. Apesar de os campus da Rua Assembleia e Av. Presidente Vargas, ambos no Centro do Rio e da mesma empresa, divulgarem nosso trabalho. Tem professores, inclusive, que nos apóiam. Fomos vetados pelo Coordenador de Apoio às Atividades Docentes, Fabiano Barbosa Netto, sob a justificativa de que o jornal tem um teor político e no expediente contém o apoio de um partido político, no caso o gabinete do deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ).

   Agora vamos por partes. O apoio de um determinado partido se deu apenas pelo fato de outros parlamentares considerados progressistas não nos ajudarem, pois o Fazendo Media já buscou auxílio em diversos gabinetes do Rio. Infelizmente esse foi o único que se dispôs ou teve condições de nos ajudar, mas essa explicação também não foi suficiente. Quanto ao teor político referido pelo coordenador, eu disse que nosso projeto nasceu com o propósito de analisar a mídia, seus interesses e manipulações nas informações, bem como desmistificar muitos dos seus métodos ao público. De nada adiantou também.

   O que um jornal que busca apresentar uma alternativa a determinadas narrativas, que são produzidas sistematicamente de maneira padronizada, e atribuir uma consciência crítica aos leitores frente às notícias pode causar numa universidade? Democratizar os meios de comunicação e, por consequência, as informações é a finalidade do projeto. Finalizei dizendo que todo jornal tem lado, não existe informação apolítica ou desinteressada, inclusive nos jornais O Globo, Folha de São Paulo, O Dia, etc, que estão disponíveis na biblioteca da instituição para seus alunos. Esse princípio, aliás, é essencial dentro de uma faculdade de jornalismo.

   Tudo isso não foi suficiente para a permissão da circulação de nossas ideias, e só insisti na argumentação para ver a natureza de sua justificativa. Para o coordenador, passando rapidamente a vista na nossa edição passada, que vem com matérias sobre a segurança da usina de Angra, uma reportagem sobre o fechamento pela Polícia Federal de uma rádio comunitária na favela Santa Marta, uma entrevista sobre o canal Al Jazeera (que diga-se de passagem, os estudantes de jornalismo praticamente desconhecem por falta de vontade política acadêmica), dentre outras, tudo isso era político. Seus alunos, na sua visão, portanto, não deveriam ter acesso.

   Mas o que não é político, em termos de conteúdo jornalístico, afinal? Quem, sobretudo dentro de uma academia, o ambiente do pensar, determina isso? Há parâmetros? Informações mais convenientes e outras não? Qual o critério? E o ato de fazer essa seleção, sem consultar os alunos, não é um ato político? Darci Ribeiro, grande educador brasileiro que tanto lutou pelas universidades, definia a universidade como a casa da consciência crítica. Um lugar, por definição, para pensar a melhoria do presente. O que ele, junto com Paulo Freire, outro educador excepcional, que defendia a comunicação compartilhada sem privilégios, diria de tal postura no meio acadêmico?

   Não se trata aqui de fazer uma retaliação à figura do coordenador, mas suscitar reflexões sobre o papel da universidade, sobretudo os cursos de jornalismo. Se o aluno não tem acesso a uma informação crítica, sob critérios estabelecidos sem o seu menor conhecimento, qual a função daquele ensino? Formar jornalistas apolíticos e submissos ao mercado, sem ao menos apresentar uma alternativa para o meio em que estão se formando? Formar profissionais isentos do exercício de reflexão e conformistas? Ou, na pior das hipóteses, simplesmente se preocupar com o pagamento das mensalidades e fugir a qualquer questionamento dos alunos? Porque o diálogo, pressuposto básico da democracia, é prejudicado sem a circulação de informações. E quanto mais informado o aluno, mais consciente ele fica e pode procurar mudar as suas condições. Inclusive exigir seus direitos, sobretudo o direito a comunicar e ser comunicado, vital num curso de comunicação social. Caminhando no sentido contrário, é o conceito de cidadania que vai por água abaixo. E são os próprios alunos que saem perdendo no final da história, os mesmos que sustentam financeiramente a universidade e mantém sua reputação na área de atuação.

(*) Eduardo Sá é jornalista e atual editor do Fazendo Media.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Torcedores que protestarem contra CBF poderão ser expulsos de estádios

  A Federação Catarinense de Futebol (FCF) emitiu nota nesta quinta-feira (25) ameaçando expulsar dos estádios torcedores que protestarem contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

 
  O texto foi divulgado após manifestações das torcidas do Figueirense e do Avaí no último clássico pelo Campeonato Brasileiro, realizado no domingo no estádio Orlando Scarpelli, em Santa Catarina.

  A FCF afirma que se baseou no Estatuto do Torcedor para tomar a decisão. No caso, recorreu ao artigo 13, para classificar a manifestação das torcidas como uma “infração”. O ponto destacado proíbe cartazes, bandeiras e outros símbolos de caráter racista e xenófobo.

  Para João Marques, da Frente Nacional dos Torcedores (FNT), a postura da FCF criminaliza as torcidas. Ele explica que os protestos “Fora Ricardo Teixeira!” não são preconceituosos, mas políticos. O objetivo das manifestações é a “democratização do futebol”.

  Marques lembra que a decisão da Federação Catarinense é tomada no contexto de preparação para a Copa do Mundo de 2014. Para ele, os megaeventos esportivos têm “elitizado o futebol”. O torcedor também diz que a “cultura torcedora brasileira” está sendo desrespeitada pelas imposições internacionais. Como exemplo, aponta a alta de preço dos ingressos.

  O torcedor destaca que todo “amante do futebol” gosta da Copa do Mundo. No entanto, acredita que hoje o megaevento tem trazido “mazelas para as cidades”, como as "remoções forçadas de comunidades pobres".

  A Frente Nacional dos Torcedores (FNT) define a decisão da Federação Catarinense de Futebol (FCF) como autoritária, lembrando que Ricardo Teixeira está há 22 anos no comando da CBF. O movimento questiona a transparência das eleições da entidade. (pulsar)

João Marques, da Frente Nacional dos Torcedores (FNT), diz que a decisão da Federação Catarinense de Futebol (FCF) desrespeita a liberdade de expressão. Áudio de 30s

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Marcha em Brasília reúne 20 mil manifestantes e cobra investimentos em saúde, educação e reforma agrária

Por CSP-Conlutas

A Marcha de Brasília, atividade convocada pela Jornada Nacional de Lutas, reuniu cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores, com início por volta das 10h e encerramento às 13h30. Trabalhadores de diversas categorias do país participaram da iniciativa, entre eles, metalúrgicos, petroleiros, professores universitários, trabalhadores dos Correios, servidores públicos federais, mineradores, bancários, rodoviários, estudantes, além de integrantes de movimentos populares. Os manifestantes saíram do estádio Mané Garrincha e percorreram as ruas do centro de Brasília finalizando o protesto em frente ao Congresso Nacional.

Audiências – Às 11h houve audiência com o secretário geral da Presidência, Gilberto Carvalho; às 11h30, a audiência foi com o presidente da Câmara Federal, Marco Maia. Às 19h será com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Aires Brito. Nesses encontros os representantes da Jornada Nacional de Lutas levam suas reivindicações a cada um dos órgãos.

Syngenta cometia fraude para não pagar direitos trabalhistas

Por Agência Pulsar

A transnacional Syngenta contratava trabalhadores rurais no interior de São Paulo por meios de empresas de fachada. Com isso, deixava de pagar direitos trabalhistas. Para fugir de processo, a empresa se comprometeu a regularizar a situação.

  Um acordo judicial foi assinado junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em Ribeirão Preto, São Paulo. De acordo com o procurador do Trabalho Henrique Correia, o contrato da Syngenta com as terceirizadas previa a exploração de atividades agrícolas. Isso se caracteriza como “terceirização ilícita”, já que esta é a área de atuação da empresa.

  O procurador conta que de início a Syngenta não teve interesse em fazer um acordo. Por isso, o MPT entrou com uma Ação Civil Pública a fim de regularizar o caso. A fraude livrava o grupo suíço de encargos trabalhistas, fiscais e previdenciários.

  Henrique Correa explica que o compromisso assumido pela Syngenta foi de oferecer aos terceirizados as mesmas condições que a empresa oferece aos seus empregados. Caso as empresas terceirizadas não paguem as verbas trabalhistas, a Syngenta será a responsável pelos encargos.

  A Syngenta lidera a produção mundial de sementes. A empresa terá que reverter 300 mil reais à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), a título de indenização por danos morais. Se descumprir o acordo, o grupo terá que pagar multa de 4 mil reais a cada trabalhador prejudicado pela infração cometida.

Educadores de Niterói ocupam prefeitura

Por Rodrigo Noel                                                                Veja aqui a "marcha fúnebre" da educação de Niterói

   Os profissioanais de educação de Niterói, em greve há 23 dias, ocuparam a prefeitura da cidade na tarde de hoje. A radicalização se deu pelo não atendimento da prefeitura as reivindicações da categoria e a negativa do governo em receber os educadores, que estão há 17 anos sem reajuste salarial, para negociação da pauta de reivindicações (reposição salarial de 16%, plano de carreira e redução da carga horária para 30h para os funcionários).
  Quando os trabalhadores chegaram ao prédio da prefeitura, no Centro da Cidade, e tentaram entrar houve tumulto e duas professoras foram agredidas pela guarda municipal. Depois de muita negociação, o governo se comprometeu em receber os representantes da categoria no próximo dia 30 (terça-feira) numa audiência com o prefeito Jorge Roberto Silveira, que não se encontrava no local.

  Para Renata Corrêa, coordenadora do SEPE Niterói, o agendamento da audiência foi uma conquista importante: "A categoria está disposta a lutar. E finalmente a cidade vai saber que o prefeito estará na cidade pelo menos um dia na semana, no mesmo dia em que completaremos um mês de greve", disse.

  Confira abaixo algumas fotos da ocupação

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O amargo sonho realizado do basquete masculino brasileiro

Por Leonardo Possidonio

No próximo dia 30 começará em Mar del Plata, Argentina, o torneio Pré-Olímpico de basquete masculino.  A seleção brasileira, sob comando do competente Rúben Magnano, chegará ao torneio mergulhada em mais uma crise: a ausência de três dos seus principais jogadores. Esta é mais uma das várias crises por qual tem passado o basquete brasileiro nos últimos anos, que passam desde as estruturas dos clubes, perpassando pela estrutura dos campeonatos profissionais e desembocando na seleção brasileira.

Contudo, uma crise instaurada em concomitância, e ou em virtude, de um dos grandes sonhos do basquete brasileiro já realizado: a presença expansiva de brasileiros na NBA, tendo Anderson Varejão no Cleveland Cavaliers, Leandrinho no Toronto Raptors, Nenê no Denver Nuggets e Tiago Splitter no San Antonio Spurs.  Durante décadas este foi o posto cobiçado por vários jogadores brasileiros, anteriormente a esta geração somente Rolando Ferreira no final da década de 80 conseguiu tal êxito.

Varejão e Leandrinho foram figuras corriqueiras no plantel brasileiro durante as competições que o Brasil disputou nos últimos anos, já Nenê desde a transferência para os EUA se afastou do selecionado. As condições atuais do basquete brasileiro, acirrado por uma greve na NBA, são elementos determinantes para a ausência dos três.  Estamos, sem dúvida, diante de um amargo sonho realizado. Temos bons jogadores que poderiam formar uma ótima seleção, que serviria como referência para a formação de novos jogadores.
É difícil acreditar no sucesso do Brasil neste Pré-Olímpico e, assim, o fim do jejum de Olimpíadas. Mais ainda é sonhar com a possibilidade de fortalecimento da prática do basquete no Brasil, onde há pouco investimento, incentivos e formação.

domingo, 21 de agosto de 2011

Profissionais de educação de Niterói ocupam câmara de vereadores

Por Rodrigo Noel

Porta da câmara de Niterói foi fechada
   Na última quinta-feira (18), os educadores da rede municipal de Niterói, em greve há 21 dias, realizaram uma passeata pelo Centro da cidade e ocuparam a câmara de vereadores. No vídeo abaixo, a coordenadora do SEPE Renata Corrêa expõe as reivindicações da categoria e cobra dos vereadores compromisso com os trabalhadores da educação. 

  Ao chegarem na câmara municipal, os educadores encontraram as portas da casa fechadas. Depois de muita pressão, os cerca de 200 trabalhadores/as conseguiram entrar na câmara e cobrar dos membros do legislativo uma audiência, marcada para a próxima terça-feira (24), para discutir a educação pública de Niterói e a greve.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mão de obra escrava produzia roupas para marca internacional

Uma equipe da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego resgatou recentemente 15 pessoas submetidas a condições semelhantes à escravidão em oficinas têxteis de São Paulo. As peças de roupa abasteciam a marca internacional Zara.

  Dentre os trabalhadores libertados estava uma adolescente de 14 anos. As ações foram acompanhadas pela Repórter Brasil. A TV Bandeirantes levou ao ar a reportagem na terça-feira (17), trazendo repercussão ao tema.

  A escravidão contemporânea se caracteriza por situações em que os trabalhadores se encontram em situações como: cerceamento da liberdade; remuneração muito abaixo de um salário mínimo; jornada de trabalho exaustiva, entre outras formas de exploração.

  Para a auditora fiscal Giuliana Cassiano Orlandi, que acompanhou a fiscalização, esse tipo de exploração tem o aumento das margens de lucro como motivação. “Há uma redução do preço dos produtos, uma vantagem econômica indevida no contexto da competição no mercado, uma concorrência desleal”, explica a auditora. Uma peça de roupa vendida nas lojas por 139 reais, por exemplo, rendia apenas dois reais para o trabalhador.

  O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aplicou 52 autos de infração contra a Zara devido irregularidades em duas oficinas. Para a fiscalização trabalhista, não há dúvidas acerca do gerenciamento da produção por parte da marca internacional.

  O grupo Inditex é dono da Zara e de diversas outras marcas de roupa. Em resposta à Repórter Brasil, a Iditex classificou as subcontratações realizadas pela Zara como “terceirização não autorizada”. (pulsar)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Estudo revela relação entre soja, desmatamento e Código Florestal

Relatório da Repórter Brasil relaciona a produção de soja e o desmatamento no contexto dos debates sobre o novo Código Florestal. O número de áreas de soja em zonas desmatadas em Mato Grosso, Pará e Rondônia "quase que dobrou” em relação a 2010.

  Citando dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), o relatório aponta que nesses três estados a quantidade de áreas recentemente desmatadas com plantações de soja passou de 76 para 147.

  O documento aponta um crescimento de quase 3% da área plantada com soja em todo o país na última safra. A pesquisa mostra que a “ lavoura da soja, baseada na grande propriedade monocultora, tem incentivado o desmatamento em áreas do Cerrado e da Amazônia em diversos municípios brasileiros”.

  Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), nos últimos 10 meses a derrubada de árvores na Amazônia aumentou em 266% em relação ao período anterior.

  A publicação O avanço da soja e o Novo Código Florestal: uma análise dos impactos do projeto em debate no Congresso chama atenção para o aumento do desmatamento durante as discussões sobre o novo Código Florestal. O motivo seria a intenção dos desmatadores em receber anistia, prevista no novo código. (pulsar)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Grito dos Excluídos chama a população a lutar por direitos

Por Agência Pulsar

  Em 2011, o Grito dos Excluídos tem como tema “Pela Vida grita a Terra”. A 17ª edição do protesto denuncia o atual modelo de desenvolvimento, que "exclui e concentra riquezas". Conheça os spots de rádio deste ano.

NOTA COM AUDIOS

  As produções chamam a população a participar da manifestação, que ocorre em diversas partes do país na semana do 7 de setembro. O Grito dos Excluídos pede por uma real soberania, que inclua o acesso à saúde, educação, moradia, lazer, cultura, emprego, entre outros direitos. O primeiro spot fala sobre a data escolhida.

  Os manifestantes também pretendem criticar o modelo de desenvolvimento econômico levado a cabo pelo governo federal. Como exemplo de “projetos de morte”, citam as intervenções para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Por isso, o segundo spot de rádio lembra a construção de “cidades injustas”.

  Outro ponto de destaque é a busca por soberania alimentar. A concentração de terras é apontada como criadora de desigualdades sociais, culturais e ambientais. A Secretaria Nacional do Grito dos Excluídos lembra que o Brasil é o campeão no consumo de agrotóxicos. O terceiro spot denuncia que o “agronegócio coloca veneno na mesa da população”.

  O Grito dos Excluídos e Excluídas é realizado no Brasil desde 1995, reunindo movimentos sociais e organizações que constroem cotidianamente processos de mobilização por direitos. Os spots de rádio podem ser reproduzidos livremente por emissoras educativas, livres, comunitárias e também pela Internet. (pulsar)

Áudio 1 Por mudanças e Políticas Públicas de inclusão popular
Áudio 2 Qual o mundo que queremos?
Áudio 3 Vida em primeiro Lugar

A pequena lição de Neymar a Edson Arantes do Nascimento e Arthur Antunes Coimbra

Por Leonardo Possidonio

  Não há dúvidas de que Pelé e Zico foram grandes jogadores. Foram também pessoas que dedicaram boa parte de suas carreiras profissionais a um único clube. Fizeram grandes jogos, conquistaram muitos títulos, enlouqueceram multidões.

  Mas, Edson e Arthur nas suas atuais carreiras profissionais têm apresentado atitudes que se distanciam de qualquer concepção em torno de um futebol de massas e cultura popular. Muito pelo contrário, se aproximam de uma visão em que o futebol é apenas um espaço para investimento financeiro que gere lucros. Isto inclui o apoio a “contra-reforma” do Maracanã e o desapego (dedicação) dos jogadores a um único clube.

  No atual estado das coisas é com grande felicidade, ainda que raro, que nos deparamos com atitudes que destoam desse caminho. Tem sido uma constância jogadores muito jovens deixaram seu clube de formação por conta de uma proposta de algum clube europeu. E não precisa ser nem um clube mediano, qualquer razoável proposta tem sido aceita. E os clubes, por vários motivos, não conseguem – quando querem – segurarem seus jogadores.

  Neymar, ao revelar sua vontade – com passos concretos, pois poderia ter se transferido para a Europa desde meados do ano passado – de permanecer no Santos até meados de 2012 é uma grande vitória para o futebol. Evidentemente, pro futebol brasileiro é ainda maior. Mas, para quem gosta e quer ver sempre jogadores comprometidos com seus times, é sem dúvida uma atitude admirável.

  O projeto de gênio da Vila Belmiro tem mostrado de fato que esta é uma realidade possível. Para os quem duvidavam de seu potencial: seus títulos findaram qualquer desconfiança. Para Edson e Arthur: uma atitude para servir de exemplo.

domingo, 14 de agosto de 2011

O conceito de rádio comunitária deve ser ampliado

Por Pulsar Brasil

O novo marco regulatório deve compreender outra visão do que é comunitário. Esta foi a conclusão feita por palestrantes no IV Seminário de Legislação e Direito à Comunicação, organizado pela Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc).
  O evento foi realizado nesta quinta-feira (11) no Rio de Janeiro. Adílson Cabral, professor de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), lembrou que hoje os limites geográficas são postos em primeiro plano na legislação de rádios comunitárias. As emissoras ficam restritas, atingindo apenas o raio de um quilômetro de alcance.

  Para ele, está é uma visão ultrapassada, sendo urgente a reconstrução do “conceito nos campos político e acadêmico”. Adílson diz que “o comunitário deve transcender o que é periférico”. Ele defende o direito humano à comunicação e afirma que grupos de interesses comuns podem representar uma comunidade, mesmo não estando num mesmo bairro.

  Dioclécio Luz, mestre pela Universidade de Brasília, apresentou investigação sobre os projetos de lei de comunicação comunitária que tramitam em Brasília, tanto na Câmara Federal como no Senado. Segundo o pesquisador, apenas dois projetos dos 33 apresentados levantam mudanças amplas na visão de rádio comunitária.

  A maioria dos projetos de lei criminaliza o movimento popular, segundo Dioclécio Luz. Um deles, inclusive, caracteriza as emissoras como “clandestinas” e pede a prisão de seis anos a radialistas.

  Ele apontou ainda quem são os “inimigos das rádios comunitárias”: parlamentares ligados a grupos de radiodifusão que visam o lucro; igrejas que se apoderam do espaço radioelétrico; e o próprio governo, que tem usado de instituições como a polícia e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para reprimir emissoras comunitárias.

  Dioclécio Luz explica que a restrição às comunitárias tem raiz na formulação da Lei de Radiodifusão Comunitária, a 9612, de 1998. Ele lembra que na época a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) colocou peso político e econômico na defesa dos interesses da mídia comercial. (pulsar)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Profissionais de educação do RJ fazem vigília na ALERJ

  Educadores permanecem na porta da assembléia legislativa pressionando deputados a votarem nas emendas propostas pelo sindicato. Proposta do governo prevê apenas 3,5% de reajuste, menos de 26 reais de aumento.

  Mesmo com a limitação de apenas 130 pessoas poderem acompanhar a sessão, a direção do sindicato permanece junto com a categoria na frente da assembléia legislativa dialogando com a população que passa pelo local.

  Confira abaixo algumas fotos da atividade:



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Estudantes chilenos esperam resposta do governo após protestos

Vence hoje (10) o prazo apontado por estudantes ao governo chileno para receber uma proposta sobre os rumos da Educação no país. Uma manifestação na capital Santiago reuniu 100 mil pessoas nesta terça-feira (9).

  O ministro secretário geral do governo, Andrés Chadwick, assegurou que está disposto a receber os estudantes em uma mesa de negociação. No entanto, o governo se recusa a apresentar uma nova proposta para a Educação.

  A Confederação dos Estudantes do Chile (Confech) afirma que os 21 pontos propostos pelo governo são insuficientes para a transformação da ensino no Chile. Estudantes e professores seguem mobilizados e aguardam uma nova proposta por meio de um Acordo Social pela Educação.

  Eles exigem que o direito à educação de qualidade esteja garantido em um nível constitucional. Pedem ainda para que se acabe o lucro com a educação chilena. Lutam por um sistema educativo gratuito, público e igualitário.

  As organizações sociais e federações estudantis querem a convocatória de um plebiscito sobre o assunto. O objetivo é fazer com que a sociedade possa se pronunciar sobre qual sistema educativo o Chile deve ter. O governo nega a possibilidade de realizar a consulta pública no país, buscando levar a discussão para o âmbito legislativo.

  As manifestações pela educação no Chile começaram no final do mês de abril e tem sido violentamente reprimidas pela polícia. De início, os protestos reuniam apenas estudantes, mas ganharam adesão de outros setores sociais.

Tribunal aponta irregularidades no uso de verbas na Região Serrana

Sete municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro, atingidos pelas chuvas no início do ano, estão sendo questionados sobre o uso de recursos públicos destinados à recuperação das áreas. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta irregularidades.


  De acordo com informações da Agência Brasil, um relatório preliminar do TCE mostra que há “claros indícios de impropriedades” no uso dos recursos federais, estaduais e municipais pelas cidades de Areal, Bom Jardim, Nova Friburgo, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Teresópolis e Sumidouro.

  Segundo o TCE, não há documentos que comprovem o uso de pelo menos 77 milhões dos 444 milhões de reais investidos nesses municípios após das chuvas. No caso de Nova Friburgo, a prefeitura sequer encaminhou as informações solicitadas pelo tribunal.

  Dentre as diversas irregularidades mencionadas estão: a fraude na utilização do dinheiro público; a presença de obras inacabadas; má administração de verbas; utilização inadequada de suprimentos; a celebração de contratos sem licitação acima dos valores de mercado; e a falta de controle na execução contratual.

  Os municípios terão um prazo para se defender e enviar novos documentos. O Ministério Público do Estado (MPE), o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) serão informados sobre a situação das prestações de contas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Morador é preso arbitrariamente por PMs da UPP do Pavão-Pavãozinho

Por Patrick Granja

   Há um mês, nossa reportagem noticiou o assassinato do jovem trabalhador André Ferreira por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora do morro Pavão-Pavãozinho. Quando estivemos na favela para ouvir os parentes do rapaz, vários moradores relataram abusos de todas as espécies cometidos por PMs da UPP. Enquanto a polícia civil investiga a morte de André, seus assassinos continuam soltos pelo morro, ameaçando testemunhas e intimidando moradores que conheciam o rapaz. Na semana passada, uma dessas testemunhas foi enquadrada por policiais da UPP e presa por furto, mesmo sem provas, vítimas ou qualquer outra evidência do suposto crime. Mesmo assim, o rapaz foi mantido na delegacia e, em seguida, transferido para a antiga Polinter, onde ficam presos que aguardam julgamento. Em ambos os locais, a testemunha teria sofrido longas sessões de tortura física e psicológica.

   A testemunha ainda conta que, dias antes de sua prisão, fora ameaçada por policiais da UPP enquanto bebia com amigos em um bar da favela. Quando estivemos no local, fomos acompanhados pela militante da Rede contra a Violência, Márcia Honorato que também integra a Comissão Auxiliar de Vítimas da Violência Policial. Ela acusa a justiça de demora na expedição do alvará de soltura da testemunha e enfatiza o verdadeiro caráter da Unidade de Polícia Pacificadora.

domingo, 7 de agosto de 2011

Acabou o futebol feminino brasileiro?

Por Leonardo Possidônio

  Passado quase um mês da Copa do Mundo de futebol feminino, realizada na Alemanha e tendo como seleção campeã o Japão, o futebol feminino desapareceu por completo do cenário esportivo brasileiro, ou pelo menos é o que acredita a imprensa hegemônica no Brasil.

  Nenhuma novidade, nenhuma entrevista, nada. É preferível discutir, comentar, criticar os penteados de Neymar, Robinho, Fábio Ferreira, etc do que falar sobre o futebol feminino. Marta, Cristiane e todas as outras jogadoras de futebol feminino parecem estar em férias prolongadas.  A verdade é que ano sim, ano não o futebol feminino vem à tona, isto se resume a copa do mundo e olimpíadas. Nestas situações as brasileiras são sempre cobradas, pouco é investido.

  Infelizmente, a exemplo do que acontece no futebol masculino, a melhor jogadora brasileira, Marta, joga fora do Brasil por conta da deficiência de organização dos clubes brasileiros. Maurine, lateral da seleção, é sua companheira de clube no Western New York Flash (EUA). Há tentativas isoladas de se reorganizar o futebol feminino no Brasil. Seu principal campeonato já teve diferentes nomes e formatos: nos anos 80 era a Taça Brasil de Futebol Feminino; nos anos 90 era o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino; atualmente é a Copa do Brasil de Futebol Feminino.

  Reunindo 32 clubes dos 26 estados brasileiros e o distrito federal a Copa do Brasil de Futebol Feminino começará no próximo dia 18 de agosto. Será disputada em cinco fases, no sistema de “mata-mata”. Entre os clubes presentes: Duque de Caxias/RJ – atual campeão e o Santos/SP – que reúne no elenco várias jogadoras da seleção brasileira, como Cristiane, Aline, Andreia, Erika e Ester. Por enquanto não há ainda a confirmação de compra dos direitos de transmissão da Copa do Brasil de Futebol Feminino por parte de algum canal.

  As mulheres merecem e tem direito a mais. Ainda é muito pouco para um esporte tão popular e tão praticado no país. Pena que nem CBF, nem os meios de comunicação hegemônicos pensem assim.

Líder de oposição sindical sofre atentado e pede proteção policial

Por CSP Conlutas


  A casa do líder da oposição à diretoria do Sintetro (Sindicato dos Rodoviários do Piauí), Luís de França Portela, foi alvejada por cinco tiros na madrugada desta quarta-feira (3), por um homem de motocicleta. Três tiros atravessaram o portão da residência de Portela, sendo que um deles chegou à cozinha da casa.

  Através de telefonema anônimo, policiais do Comando da Polícia Militar (Copom) receberam informação sobre o número da placa da moto utilizada no atentado.

  Nos últimos dias, por formar uma chapa de oposição que tenta se inscrever para a eleição do Sindicato dos Rodoviários, Portela vinha recebendo ameaça de morte pelo celular, através de mensagem de texto. A chapa de oposição ao Sintetro é ligada à CSP Conlutas (Central Sindical e Popular) e tenta concorrer contra o grupo da diretoria do Sindicato, ligado à CUT, que há 22 anos dirige a entidade sem deixar inscrição de chapa de oposição.

  Portela, advogados, e membros da chapa, foram até a delegacia registrar queixa. O dirigente disse que não pode informar com certeza, pois não tem provas, mas atribui esse possível atentado aos seus adversários políticos. “Eu faço posição à diretora do sindicato e querem impedir a candidatura de nossa chapa, é a segunda vez que eu sofro atentado. Estou aqui para pedir segurança para mim e minha família”, informou. Há cerca de dois anos, após pedir na Justiça o cancelamento das eleições do Sindicato por conta de irregularidades no pleito, Portela já havia sido agredido fisicamente, por dois sujeitos, de madrugada.

  Após prestarem a queixa, os companheiros irão até a Secretaria Estadual de Segurança solicitar proteção policial e à Polícia Federal, para requerer rastreamento sobre a origem das mensagens de ameaça.

  A CSP-Conlutas se solidariza com o companheiro Luís de França Portela e exige investigação do caso e punição dos responsáveis.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Campanha contra os leilões do petróleo lança desenhos animados

   Tratar o tema de forma simples foi o objetivo da Campanha O Petróleo Tem que ser Nosso. As animações foram lançadas nesta quinta-feira (4) na sede do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).


   As produções criticam a privatização do petróleo e do gás. Os desenhos animados pretendem levar a um público maior os debates promovidos por sindicatos, movimentos sociais e universidades.


   A produtora das animações, Amanda Oliveira, ressalta que os curtas falam de “outras maneiras de ver o petróleo brasileiro” , não deixando de lado “a proteção dos recursos naturais do país”.


   As seis animações chamam a população a se mobilizar para que os royalties do petróleo sejam utilizados na melhoria da vida da população brasileira. Pedem para que o dinheiro pago pelos que extraem ou comercializam o recurso natural seja investido nas áreas de educação, saúde e cultura.


  Os vídeos serão exibidas em cinemas, barcas, metrô e trem. As diversas redes sociais na Internet também serão formas de democratizar o conteúdo. As animações podem ser vistas pelo site youtube.com.


   A campanha O Petróleo tem que Ser Nosso reúne 30 entidades de 17 estados. Um dos principais objetivos é defender as riquezas do pré-sal, faixa de petróleo de alta qualidade estimada em 50 bilhões de barris. (pulsar/apn)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Profissionais de educação do RJ decidem pela continuidade da greve e realizam ato na ALERJ

Por Rodrigo Noel e Dirley Santos                                            Veja o vídeo do ato na porta da ALERJ

  Em assembléia na Fundição Progresso, reunindo mais de 2.000 profissionais presentes, os educadores do RJ decidiram pela continuidade da greve que já dura 56 dias.

  Mesmo com o aumento da repressão do governo aos educadores em greve, o clima durante a assembléia era de muita disposição para a continuidade da luta.

  Outras categorias estiveram presentes

   Após a assembléia, a categoria seguiu em passeata para a ALERJ, onde se unificou com outras categorias do Estado, como os bombeiros e profissionais da saúde. Além disso, estiveram presentes servidores públicos das universidades federais, que também se encontram em greve.

  Uma comissão do SEPE foi recebida pelo presidente da ALERJ, Paulo Melo, e um colégio de líderes. Na reunião ficou acertado que o projeto de lei apresentado pelo governo que reajusta os salários da educação em apenas 3,5%  será apresentado ao plenário e imediatamente retirado para que possa receber emendas até sexta-feira. O compromisso dos parlamentares presentes é de que o projeto será melhorado visando atender reivindicações da categoria e que qualquer proposta de reajuste de outros setores do serviço público estadual só serão apreciadas após a solução do impasse nas negociações entre os profissionais de educação e o governo.

Trabalhadores da FAETEC também entram em greve

  Ao final do ato, chegou o informe de que os trabalhadores da FAETEC, que também estavam realizando uma assembléia geral, decretaram greve. Segundo Haroldo Teixeira, diretor do SINDPEFAETEC, a assembléia reuniu cerca de 300 pessoas, na ETE Ferreira Viana, e reivindica 26% de reajuste salarial. Os servidores da FAETEC unificaram o calendário de greve com o SEPE e juntos vão realizar assembléia na escadaria da ALERJ na próxima terça-feira (9/08), às 14h.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Manifestação protesta contra violações de megaeventos esportivos

Por Agência Pulsar (Foto: Rodrigo Noel)
A Marcha por uma Copa do Povo reuniu no último sábado (30) cerca de mil manifestantes que protestaram contra os impactos que os megaeventos esportivos vem gerando na cidade do Rio de Janeiro.

Pela manhã, movimentos sociais, partidos políticos, representantes do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, estudantes, professores, e torcedores do movimento “Fora Ricardo Teixeira”, se reuniram no Largo do Machado, zona sul da cidade. Após a concentração marcharam até o Marina da Glória onde estava sendo realizado o sorteio das eliminatórios da Copa 2014.

O Comitê Popular, assim como as demais organizações, denunciam diversas violações cometidas pelas autoridades para a implementação dos eventos. Para receber os jogos, estados e municípios aplicam diversas leis de exceção, que privilegiam interesses de empresas e construtoras em detrimento das necessidades da população.

Estima-se que apenas no Rio de janeiro, cerca de 25 mil pessoas terão suas casas removidas para garantir a infraestrutura dos jogos. Diversas comunidades denunciam a falta de informação por parte das autoridades e garantem que não estão sendo devidamente consultadas sobre os possíveis desalojos. Além de protestar contra asremoções, os manifestantes pediam por melhores políticas públicas de habitação.

Os professores da rede estadual de ensino, que estão há quase dois meses em greve também apoiaram massivamente a manifestação. (pulsar)

Educadores de Niterói entram em greve

Profissionais de educação de Niterói, na região metropolitana do Rio, decidiram paralisar após várias tentativas de negociação com o governo. Rede estadual trata como "deboche" anúncio de 3,5%.

Por Rodrigo Noel
   Em assembléia que reuniu mais 100 trabalhadores, os profissionais de educação de Niterói decidiram entrar em greve. Após a assembléia, os educadores seguiram em ato pelo Centro da cidade. Confira aqui algumas fotos.

   As pricipais reivindicações dos trabalhadores/as são: 16,6% de reposição salarial, plano de carreira e 30h para funcionários. Os profissionais denunciam ainda os 17 anos sem reajuste, a perseguição aos trabalhadores sindicalizados que sofrem com as frequentes trocas forçadas de escolas e uma carta da Fundação Municipal de Educação que foi enviada para a casa dos profissionais de educação, ao custo de R$43.000,00, com "promessas não cumpridas".

   Confira o vídeo abaixo, feito durante a passeata:


Secretário Estadual de Educação "debocha" de educadores em greve
    Na manhã de hoje, os profissionais de educação da rede estadual foram surpreendidos com o anúncio do governo de conceder um reajuste de 3,5% e a antecipação da parcela de 2012 da incorporação da gratificação meritocrática do "Nova Escola". Para Roberto Simões, professor da rede estadual, o anúncio "é um deboche". Os trabalhadores permanecem em greve e têm assembléia marcada para a próxima quarta-feira (3/08).