quinta-feira, 25 de julho de 2013

Bancários e servidores públicos federais planejam parar em todo Brasil no dia 30 de agosto e podem influenciar outras categorias que estão em campanha salarial

Por Ademar Lourenço, de Brasília

paralisação geral marcada pela maioria das centrais sindicais para o dia 30 de agosto pode ser muito maior que a primeira paralisação  feita no último dia 11. Além das pautas gerais da classe trabalhadora, o dia vai ser marcado por mobilizações específicas de várias categorias.

A direção da Fasubra (Federação dos Trabalhadores das Universidade Brasileiras), que reúne servidores das universidades federais, decidiu ontem (23) que vai orientar a sua base a parar no dia marcado pelas centrais. Além disso, a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, encerrada no último dia 21, aprovou greve de 24 horas para  30 de agosto.

A Fenasps (Federação Nacional dos Servidores em Saúde, Previdência e Seguro Social), que representa servidores dos ministérios da Saúde, Trabalho e Previdência, está com indicativo de greve para 15 dias antes da manifestação. Já o último Conselho Nacional de Representantes dos Trabalhadores dos Correios aprovou um ato nacional em Brasília no mesmo dia da mobilização convocada pelas centrais sindicais.

Campanhas salariais de agosto podem parar o país

Os trabalhadores dos correios e bancários começaram sua campanha salarial. São 500 mil pessoas que podem parar o país se cruzarem os braços.  Em 2011, uma greve das duas categorias afetou todos os pagamentos de contas (bancos fechados, entrega de cartas suspensa). Com o dia de paralisação marcado pelas centrais em 30 de agosto, a mobilização pode ir além das reivindicações salariais.

No último dia 11, quando ocorreu o primeiro dia de paralisações  nenhuma categoria com tradição sindical estava em campanha salarial. Mesmo assim, trabalhadores em vários lugares do país participaram e cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre praticamente pararam.

O clima gerado pelas paralisações que já estão marcadas pode “contaminar” vários setores da classe trabalhadora. Um caso é o dos petroleiros. No dia 11, várias unidades da Petrobrás foram paradas. Agora, a categoria também está em campanha salarial.

São nessas campanhas que acontecem a maior parte das greves. Elas são organizadas todo ano para que cada categoria peça aumento. Dessa vez, a pauta de reivindicações pode incluir questões voltadas para toda a classe trabalhadora, como a redução da jornada de 44h para 40h e o fim do fator previdenciário. 

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