quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cerca de 3.000 pessoas participaram de ato ecumênico em memória das vítimas de massacre policial na Maré

Foto: M. Laureano

Por M. Laureano e R. Noel, do Rio de Janeiro


Milhares de manifestantes, entre moradores e solidários às famílias, participaram na tarde de hoje de protesto contra o assassinato de 13 moradores durante invasão policial, realizada na semana passada na comunidade da Maré.

 Sob o mote "Estado que mata, nunca mais", os manifestantes mostravam faixas e cartazes exigindo respeito a vida e o fim da violência policial. Muitos ativistas presentes exigiram o fim da pm, como Júlio Anselmo, estudante da UFRJ: "Vivemos uma verdadeira limpeza étnica. É um absurdo! Exigimos o fim da militarização da polícia já!", disse o estudante que também levantou as bandeiras "Fora Beltrame" e "Fora Cabral". 

A mãe de uma das vítimas desabafou: "Cansei de enterrar meus filhos, meus vizinhos, que foram mortos só por estarem nas ruas, quando a polícia do Cabral entra atirando na Maré. Essa dor eu não quero mais. Fora Cabral, fora Caveirão. Estado que mata, nunca mais!", disse emocionada.

Antes do encerramento, os manifestantes ocuparam duas pistas laterais da Avenida Brasil (principal meio de ligação com o Centro da Cidade) para demonstrar toda indignação para a população e autoridades com o cotidiano violento promovido pelo estado opressor. Advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ também acompanharam o ato. Uma equipe das Organizações Globo foi amplamente vaiada pelos participantes do ato.

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