segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sobre o amor e família

Por Adriano Espíndola Cavalheiro, especial para a ANotA
"Família tem que ser amor e democrática para poder realmente ser chamada por este nome... Mas famílias constituídas sobre opressão e submissão, não são sadias... O amor deve ser o motivo, a razão de viver... É nestes moldes que defendo o casamento, do contrário, sou contra ele... Com efeito, pouco me importa a orientação sexual dos cônjuges; se a família for construída com base no amor." 
Debate muito interessante é o acerca do conceito de família, uma vez que este tema está em discussão no Congresso Nacional. Quero falar um pouco deste tema, pois o entendo muito importante. Ao discutir Família, temos que ter em mente que, sem relações internas, intergeracionais, pautada no respeito mútuo entre seus membros, o que é possível apenas num ambiente de amor, não pode ser chamado efetivamente de família. 

Os que fundamentalistas defendem, baseado em um tal de tradicionalismo, é a propagação do machismo, da submissão dos filhos e das mulheres ao pai, ao macho. Infelizmente, entretanto, esse é modelo de família, o dos fundamentalistas, que ainda se impõe entre boa parte, senão a maioria, de nós. 

Ocorre que famílias constituídas sobre opressão e submissão, não são sadias. Ao contrário, são ambientes propícios para formação de pessoas emocionalmente desequilibradas, que não sabem viver harmonicamente em sociedade e que são candidatas a protagonizar sérios problemas.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Entenda como ficou o seguro-desemprego, após os ataques de Dilma e do Congresso

por Adriano Espíndola Cavalheiro, de Uberaba (MG)

Com a cumplicidade das maiores centrais sindicais de nosso país, refiro-me à CUT e a Força Sindical (e da grande maioria dos sindicatos a elas filiados), que não mobilizaram, pra valer, para enfrentar tão absurda medida, o governo Dilma e o PT, com apoio do Congresso Nacional, acabam de desferir um dos maiores ataques aos direitos dos trabalhadores brasileiros de nossa história recente.

Refiro-me aos ataques ao seguro-desemprego e ao seguro-defeso para os pescadores, além da diminuição do pagamento de pensões e o abono do PIS, os quais foram realizados, confessadamente, para diminuir o impacto da crise econômica nas contas governamentais, ou seja, para transferir o custo desta para as costas dos trabalhadores, a de iniciativa da presidente Dilma Rousseff (PT). Ao mesmo tempo, Dilma vetou o novo fator redutor de aposentadoria 85/95 que permitiria ao trabalhador receber sua aposentadoria integral quando a soma da idade com o tempo de contribuição resultar em 85 para a mulher e 95 para o homem, o que já era uma introdução da idade mínima. 

Abaixo apresento quadro que o auxiliará entender novas regras do seguro desemprego:

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Acaba a greve dos Professores no Pará!

A Greve dos Professores no Pará é suspensa! E agora Jatene?

Por Wellingta Macêdo, direto de Belém do Pará.

Professores do Pará realizam o enterro da educação pública do 
estado. (Foto: Ascom Sintepp)
Foram 75 dias de muita luta, sangue, suor e lágrimas. Muitas lágrimas. 75 dias em que uma das categorias mais penalizadas pela política de arrocho salarial, desvalorização da profissão, cortes no orçamento imposto pelo governo federal e aplicado pelos governos estadual e municipal, paralisou suas atividades não apenas para reivindicar um aumento de salário, mas também, para denunciar a situação que se encontra um dos estados que mais sofre com o descaso da gestão pública. Os professores do estado do Pará na última sexta-feira, cinco, encerraram uma das maiores greves já feitas pela categoria no estado. Em uma assembleia dividida com acusações contra a direção do Sintepp, o sindicato dos professores do estado, e ameaça de desfiliação de alguns trabalhadores a categoria decidiu, em uma votação apertada suspender a greve contra o governo de Simão Jatene, do PSDB, e negociar os descontos na folha de pagamento e a reposição de aulas.

Ano passado, a presidente Dilma Roussef sancionou o Plano Nacional de Educação que estabelecia 20 metas e um prazo de 10 anos, para a melhora da qualidade na educação pública do país. Isto aconteceu no final de 2014. No início deste ano, a mesma presidente e seu ministro, dono da pasta de Planejamento, o cara que possui carta branca pra fazer o que quiser, Joaquim Levy, apresentaram o plano de Ajuste Fiscal Econômico que entre outros ataques, apresentou um corte que só na área da Educação foi de 7 bilhões de reais.

domingo, 7 de junho de 2015

Congresso da CSP-Conlutas: Terceiro Dia




Foto: Sergio Koei
3º dia do Congresso da CSP-Conlutas: Plenárias de Resoluções Nacional, Internacional, de Opressões e reuniões dos setoriais da Central.

Por Wellingta Macêdo, direto de Sumaré-SP

O terceiro dia de discussões do 2º Congresso da CSP-Conlutas foi bastante intenso para os delegados e observadores e marcado por intensos debates e plenárias. Logo cedo, após o café da manhã, os grupos de discussão voltaram a reunir-se para discutir as demais resoluções do caderno distribuído a todos os participantes do Congresso. Essas resoluções foram feitas por sindicatos, grupos de opressões e entidades presentes no Congresso. Os grupos garantiam a oportunidade de que todos os participantes pudessem intervir, colocando suas posições políticas, discordando e fazendo novas proposições para serem encaminhadas ao plenário. Ao todo, eram 88 resoluções que foram discutidas no 2º Congresso ao longo desses dias. Elas são o resultado do plano de lutas da Central para o próximo período.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

2º dia do Congresso da CSP-Conlutas


Foto: Ascom CSP-Conlutas.
2º dia do Congresso da CSP-Conlutas é marcado por discussões em grupo e votação de resoluções.

Por Wellingta Macêdo, direto de Sumaré-SP

A manhã do segundo dia do 2º Congresso da CSP-Conlutas foi marcada pelas falas de diversas organizações políticas que constroem a Central e expuseram suas ideias, posições e diferenças em relação à Conjuntura e a organização, da mesma forma que colocaram qual o papel que a CSP-Conlutas deve cumprir na atual situação política do país.

Logo depois, foi instalado o Painel sobre a luta dos Trabalhadores no Campo com a participação de representantes da Feraesp (Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Estado de São Paulo), Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e Venâncio Guerreiro e do MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade). O debate se deu no sentido de discutir o papel nefasto do agronegócio e o apoio à luta dos trabalhadores do campo.

Começou o 2º Congresso da CSP-Conlutas!

Fotos: Rodrigo Barrenechea
2º Congresso da CSP-Conlutas começa reafirmando a necessidade da unidade da classe trabalhadora!

Por Wellingta Macêdo, direto de Sumaré-SP

Foi com um dia lindo de sol acolhedor que começou o 2º Congresso da CSP-Conlutas na zona rural do município de Sumaré, São Paulo. Aproximadamente, 2.000 trabalhadores e trabalhadoras de norte a sul do país, encontraram-se no feriado e passarão os próximos 3 dias discutindo as lutas da classe trabalhadora brasileira, dentro dessa conjuntura de crise internacional. Operários da Construção Civil do Pará e Ceará, Professores em greve do Paraná, Pará e Pernambuco, Rodoviários e Vigilantes de Macapá, Trabalhadores da COMPERJ, servidores federais e estaduais, movimento de combate às opressões, MML, Quilombo Raça e Classe, LGBTs são a expressão do que é a CSP-Conlutas, Central Sindical e Popular e suas responsabilidades diante da luta classista dos trabalhadores e trabalhadoras.

Já na mesa de abertura, Atnágoras Lopes, da Executiva Nacional da Central, saudou o Congresso e todos os delegados, observadores e convidados presentes. Ressaltou a importância do Congresso que acontece no meio de uma grave crise política e financeira que o país atravessa diante de escândalos como a Operação Lava Jato, o escândalo da Petrobrás , o envolvimento dos parlamentares e a baixa popularidade que vive o governo Dilma, após a divulgação do Ajuste Fiscal com a implementação das MPs 664 e 665 e a PL 4330, das terceirizações. Atnágoras falou da necessidade de se fortalecer a luta da classe trabalhadora brasileira para resistir a esses ataques e a construção de uma ferramenta revolucionária dos trabalhadores e qual o papel que a CSP-Conlutas deve cumprir nesse processo.